Tudo começa com determinação e muitos desafios a trilhar. Parte de um sonho, do desejo de ser melhor como pessoa e profissional. É preciso servir, cuidar e transformar a vida das pessoas.
Cuidar é uma tarefa que requer expertise, gostar do que faz, comunicar-se, interagir, requer leituras, estudos, trabalho em equipe, troca e busca de conhecimentos.
A Estomaterapia nos proporciona muitas oportunidades na prática clínica, no ensino e na pesquisa. Expande horizontes e nos torna aptos para o fazer com competência e qualidade. Somos enfermeiros estomaterapeutas incansáveis e isso nos inquieta na investigação científica. Almejamos o Mestrado, depois o Doutorado, sempre em busca do aperfeiçoamento como pesquisador. A assistência nesta especialidade nos remete a pensar no cuidado de forma integral, diferenciado e com resolutividade. Desta maneira, traçamos objetivos, metas, planejamentos, registramos e buscamos resultados satisfatórios.
A motivação surge dos resultados alcançados, das soluções apresentadas, da satisfação dos clientes, dentre outros fatores que nos impulsiona. As áreas da Estomaterapia (estomias, feridas, incontinências) apresentam riquezas para as pesquisas científicas, gerando, assim, oportunidades de publicações científicas. É preciso o despertar do profissional enfermeiro estomaterapeuta em documentar, registrar e divulgar o trabalho da estomaterapia e a importância desta especialidade da Enfermagem junto à sociedade.
Neste processo, para evoluir e produzir artigos científicos, capítulos de livros, cartilhas e manuais, é preciso reflexão, planejamento e persistência. É necessário, ainda, elaborar projetos bem delineados com apoio e direcionamento metodológico eficaz e rigoroso, bem como atentar-se ao planejamento e execução do cronograma, coletar dados de forma eficiente, respeitosa e ética; seguir as análises estatísticas com bases nos testes específicos e orientados por estatístico; buscar responder às perguntas da pesquisa de forma clara e direta; trabalhar em equipe, fazer alianças, dividir tarefas, pedir apoio e orientação.
A participação em grupos de estudos e pesquisas na área de interesse são requisitos primordiais para o desenvolvimento do artigo científico e do crescimento intelectual do pesquisador. A investigação parte do interesse do querer descobrir, das minúcias e das perguntas e respostas alcançadas.
Fazer e produzir ciência é fazer história na vida do profissional. Cuidamos, orientamos, educamos, capacitamos, ensinamos, solucionamos problemas complexos na vida das pessoas. Cicatrizamos a ferida, orientamos o autocuidado, atentamos para as complicações da pessoa com estomia, orientamos as melhores técnicas na vida da pessoa com incontinência, seja urinaria ou fecal, treinamos a realização do cateterismo intermitente, dentre outras imensidões do cuidar. Lidamos com o avanço tecnológico desta área, com as dificuldades, a falta de materiais adequados e com as políticas públicas, muitas vezes, ineficazes, obsoletas ou mal direcionadas, mas cuidamos de qualquer forma.
Quanto às publicações, encontramos dificuldades. Estas surgem em todas as atividades que realizamos na vida, mas enfrentar os desafios, não desistir e aprimorar faz parte do processo de crescimento, aprendizagem e aperfeiçoamento. Os erros e as falhas são sustentáculos para as correções e modificações. Nos deparamos com custos, gastos com publicações, tempo, preparo e submissão de manuscritos, devoluções, correções… É uma maratona até o tão significante e gratificante aceite. Tudo isso gera ansiedade e desgaste, mas, também, realizações.
Não devemos desanimar, nem nos fadigar. Queremos, sim, evidências científicas, fazer ciência, mudar o que está posto, melhorar o cuidado embasados em pesquisas de qualidade, ensaios clínicos, estudos experimentais e mostrar o nosso trabalho enquanto estomaterapeutas e pesquisadores atuantes em uma área rica e dinâmica. Prossigamos embasados na metodologia eficiente e análises de qualidade para disseminar, cientificamente, tudo o que somos e fazemos.
Profª. Drª Iraktania Vitorino Diniz
Doutorado em Enfermagem – 2016-2021 (PPGENF/UFPB)
Mestrado em Enfermagem – 2014-2016 (PPGENF/UFPB)
Enfermeira Estomaterapeuta – 2010-2012 (UPE)
Membro SOBEST/WCET
Formação Pedagógica na área de Saúde – Enfermagem (FIOCRUZ)
Membro dos Grupo de Estudos e Pesquisa em Prevenção e Tratamento de feridas (GEPEFE) e de Doenças Crônicas (GPDOC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Núcleo de Pesquisas Em Estomaterapia e Dermatologia (NePEDE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Diretora de Práticas Profissionais da ABEn-PB
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