A campanha Março Azul-Marinho é uma iniciativa de conscientização sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), com o objetivo de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção dessa doença. O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso (cólon) e no reto, sendo um dos tipos de câncer mais comuns em todo o mundo.
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Quando detectado em estágios iniciais, o tumor pode ser tratado com maior eficácia, muitas vezes com cirurgia e outros tratamentos menos invasivos. A campanha Março Azul-Marinho busca incentivar a realização de exames de rastreamento, como a colonoscopia, que permite identificar pólipos (lesões pré-cancerígenas) e tumores em estágios iniciais.
O profissional estomaterapeuta desempenha um papel fundamental na prevenção e nos cuidados pós-cirúrgicos de pacientes com câncer colorretal, especialmente quando há a necessidade de uma estomia: Aqui estão os principais aspectos da atuação desse profissional:
Prevenção do Câncer Colorretal
- Avaliação pré-operatória: o estomaterapeuta realiza uma avaliação completa do paciente antes da cirurgia, identificando fatores de risco para complicações e planejando a melhor localização da estomia para facilitar o autocuidado e melhorar a qualidade de vida.
- Educação do paciente: o profissional educa o paciente sobre os cuidados com a estomia, os tipos de equipamentos coletores, a higiene adequada e a dieta recomendada, preparando-o para o autocuidado após a cirurgia.
- Demarcação da estomia: o estomaterapeuta demarca o local ideal para a estomia no abdome do paciente, considerando fatores como a anatomia, o tipo de roupa e a preferência do paciente, para garantir o conforto e a praticidade no uso dos equipamentos coletores.
Cuidados pós-cirúrgicos
- Acompanhamento da cicatrização: acompanha a cicatrização da estomia, prevenindo e tratando complicações como infecções, dermatites e hérnias.
- Orientação sobre o autocuidado: o profissional ensina o paciente a trocar os equipamentos coletores, a higienizar a estomia e a cuidar da pele ao redor, promovendo a independência e a segurança no autocuidado.
- Apoio emocional: oferece apoio emocional ao paciente, ajudando-o a lidar com as mudanças no corpo e na rotina causadas pela estomia, e incentivando a adaptação à nova realidade.
- Reabilitação: o profissional auxilia o paciente na reabilitação, orientando sobre a retomada das atividades diárias, a prática de exercícios físicos e a alimentação adequada para garantir a qualidade de vida e o bem-estar.
Referências Bibliográficas
– Instituto Nacional de Câncer (INCA). Câncer de Cólon e Reto. Disponível em: [12](https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-colon-e-reto)
– Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). Câncer Colorretal. Disponível em: [13](https://www.sbcp.org.br/doencas/cancer-colorretal/)
– Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST). O que é Estomaterapia? Disponível em: [14](https://sobest.org.br/o-que-e-estomaterapia/)
Ivan Rogério Antunes
Enfermeiro.
Estomaterapeuta TISOBEST pela Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST).
Assessor de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) gestão 2024/2026.
Graduado em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003).
Especialista em Geriatria (2009), Estomaterapia (2010) pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e Enfermagem Dermatológico e Estética pela Ellu Brasil (2022).
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