Dia Mundial do Câncer de Ovário

Dia Mundial do Câncer de Ovário

Reabilitação do Assoalho Pélvico Pós-tratamento de Radioterapia

O câncer de ovário é uma condição grave que afeta milhares de mulheres em todo o mundo, sendo uma das principais causas de mortalidade relacionada ao câncer ginecológico. Este tipo de câncer pode ser desafiador de diagnosticar precocemente, pois não causa sintomas específicos na fase inicial, o que contribui para um diagnóstico em estágios mais avançados da doença.

O tratamento do câncer de ovário geralmente envolve uma combinação de cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. A cirurgia tem o objetivo de remover o tumor e geralmente é o primeiro passo do tratamento. A quimioterapia é frequentemente utilizada como tratamento adjuvante. Já a radioterapia, embora menos comum no tratamento primário do câncer de ovário, é indicada em casos específicos, especialmente na doença recorrente ou avançada.

A radioterapia visa direcionar feixes de radiação para a área onde o câncer pode estar localizado ou onde há risco de recorrência, atingindo boa parte da região pélvica da mulher. Suas repercussões podem resultar em incontinência urinária, dificuldade para urinar ou defecar e dor pélvica crônica. Esses efeitos impactam profundamente a qualidade de vida da paciente, afetando também sua autoestima, função sexual e atividades diárias.

Nesse contexto, a atuação do estomaterapeuta pode ajudar a restaurar a função muscular e aliviar os sintomas. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico visa o resgate da continência, enquanto técnicas de relaxamento e alongamento objetivam reduzir a tensão muscular no assoalho pélvico, aliviando a dor e melhorando a flexibilidade.

Além do cuidado direto ao assoalho pélvico, as pacientes devem receber um cuidado integral, centrado em suas necessidades físicas e emocionais. Assim, faz-se necessário uma abordagem abrangente e multidisciplinar, intencionando uma recuperação completa e uma melhor qualidade de vida pós-tratamento.

Referências:

Ovarian Cancer Treatment. https://www.cancer.org/cancer/ovarian-cancer/treating.html.

Markowska J, et al. Pelvic floor muscle training in the management of urinary incontinence after radical treatment of cervical cancer. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2021;256:248-253

Smith AL, et al. Pelvic floor rehabilitation for treatment of urinary incontinence after radical prostatectomy. Urol Clin North Am. 2016;43(4):517-526.

Dumoulin C, et al. Pelvic floor muscle training versus no treatment, or inactive control treatments, for urinary incontinence in women. Cochrane Database Syst Rev. 2018;10:CD005654.

Hagen S, et al. Individualised pelvic floor muscle training in women with pelvic organ prolapse (POPPY): a multicentre randomised controlled trial. Lancet. 2014;383(9919):796-806.

Dayana Maia Saboia

Dayana Saboia

Enfermeira especialista em saúde da mulher. Estomaterapeuta titulada pela Associação Brasileira de Estomaterapia.

Doutora em enfermagem em promoção da saúde.

Enfermeira assistencial no ambulatório de ginecologia da Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

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