Julho Verde – Câncer de Cabeça e Pescoço e os Cuidados do Enfermeiro Estomaterapeuta

Julho Verde - Câncer de Cabeça e Pescoço

O câncer de cabeça e pescoço abrange uma variedade de tumores que se desenvolvem em áreas como a boca, língua, garganta, laringe e seios nasais, sendo mais comum em homens com mais de 50 anos. Fatores de risco significativos incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool e infecção pelo vírus HPV, que está associado ao aumento da incidência de câncer de orofaringe. Os sintomas variam de acordo com a localização do tumor e podem incluir dor persistente, dificuldade para engolir, rouquidão, presença de nódulos no pescoço, sangramento na boca e perda de peso inexplicada.

O diagnóstico precoce é crucial e o tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas, dependendo do estágio e localização do câncer. A prevenção desempenha um papel crucial na redução do risco, com medidas como evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool, manter uma dieta saudável, adotar práticas sexuais seguras para prevenir HPV e realizar exames regulares com o otorrinolaringologista.

O apoio psicológico e o acompanhamento multidisciplinar são essenciais para lidar não só com os desafios físicos, mas também com os emocionais e sociais. Conscientizar sobre fatores de risco, sinais e sintomas é vital para a detecção precoce, aumento das taxas de cura e melhoria da qualidade de vida. Durante o tratamento, especialmente em casos avançados ou cirúrgicos, podem surgir feridas que requerem cuidados específicos para prevenção de infecções e cicatrização adequada.

A traqueostomia é um tratamento indicado para casos de câncer de cabeça e pescoço, sendo um procedimento cirúrgico para criar uma abertura na traqueia, facilitando a passagem de ar em casos de obstrução ou comprometimento da via aérea superior em pacientes com câncer. O enfermeiro estomaterapeuta desempenha um papel essencial no cuidado aos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, fornecendo avaliação especializada, ensino e orientação, gerenciamento de cuidados de feridas e ostomias, colaboração interdisciplinar e suporte emocional. Seu objetivo principal é facilitar a recuperação, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes durante e após o tratamento do câncer.

O papel do enfermeiro estomaterapeuta abrange várias fases no tratamento de pacientes com câncer, desde o pré-operatório até o pós-operatório e tratamentos como radioterapia e quimioterapia. Antes da cirurgia, o enfermeiro estabelece o primeiro contato com o paciente e familiares, identificando aspectos sociais e de apoio familiar relevantes para a recuperação, fornecendo orientações específicas de autocuidado. No pós-operatório, o enfermeiro estomaterapeuta auxilia na recuperação e adaptação do paciente, incluindo trocas de cânulas e cuidados domiciliares.

Durante a radioterapia, os estomaterapeutas podem ajudar a minimizar as queimaduras na pele causadas pela radiação, fornecendo orientações sobre cuidados com a pele, uso de hidratantes específicos, técnicas de proteção da pele e gerenciamento da dor ou desconforto associado às queimaduras.

Referências bibliográficas:
1 – Instituto nacional do Câncer (INCA). Causas e prevenção do Câncer – Tabagismo 2022.
2 – Caderno de atenção básica, nº18. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2006.

Sergio da Silva Ilario

Sergio Ilario
Especialista em Podiatria clínica – Universidade de São Caetano do Sul (USCS).
Habilitado no tratamento de feridas com Matriz de Fibrina, UNIREGEN.
Especialista em Estomaterapia pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde (Albert Einstein).
Especialista em Gestão de Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Graduação em enfermagem pela Universidade Paulista (UNIP).
Estomaterapeuta de uma AMA Especialidades CEJAM/Prefeitura de São Paulo.

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