A Prática Laboratorial aplicada na formação do enfermeiro Estomaterapeuta

A Prática Laboratorial Aplicada na Formação do Enfermeiro Estomaterapeuta

O curso de especialização em Enfermagem em Estomaterapia visa preparar enfermeiros para uma atuação eficiente e eficaz no contexto da atenção às pessoas com estomias (eliminação, alimentação e respiratória), feridas e fístulas, incontinências esfincterianas e pessoas com drenos e cateteres, buscando atender essa clientela nos aspectos preventivos, curativos e de reabilitação.  

Para que esses atributos sejam alcançados os cursos de especialização devem oferecer ao enfermeiro conhecimento científico e habilidades técnicas para que este desenvolva raciocínio clínico e crítico, direcionamento de condutas profissionais éticas nas áreas de abrangência da estomaterapia, favorecendo assim, uma assistência pautada em qualidade e segurança.

Para o alcance das competências recomendadas pela Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST® e pelo World Council of Enterostomal Therapists – WCET® e o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes técnicas, éticas e humanísticas os alunos dos cursos de especialização devem realizar os conteúdos práticos dos módulos estomias, feridas e incontinências no cenário laboratorial e no ensino clínico de campo.

As práticas laboratoriais desenvolvidas nos Cursos de Especialização possibilitam ao aluno correlacionar teoria e prática para agir com senso crítico, e de forma ética, além de permitir o desenvolvimento de habilidades técnicas específicas como: avaliação e conduta para estomia, seleção de equipamentos coletores e adjuvantes, demarcação de estomia, irrigação em colostomia, desbridamento de feridas, determinação do ITB com o uso de esfigmomanômetros e Doppler, terapias compressivas, avaliação do assoalho pélvico, terapias comportamentais nas incontinências esfincterianas entre outras.

Outro fator vantajoso desta prática laboratorial é a dessensibilização do aluno e a diminuição da insegurança em realizar as práticas simuladas antes da sua atuação com o paciente.

Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre as terapêuticas avançadas disponíveis no mercado, em parceria com as empresas e com profissionais capacitados, possibilita a atualização constante sobre as tecnologias, que muitas vezes não estão disponíveis nas instituições.

Os feedbacks realizados pelos profissionais formados em cursos que aplicam a práticas em ambiente laboratorial e em campo hospitalar são muito positivos, e podem ser evidenciados a partir da qualidade dos profissionais encaminhados ao mercado de trabalho. Fica a dica.

REFERÊNCIAS:

1 – Cruz EMTN. Especialidade. As complexidades da escolha. Ser médico 1998; 3:16.

2 – [SOBEST] Associação Brasileira de Estomaterapia. Estomaterapia [Internet]. 2022[citado em 18 abr. 2022]. Disponível em: https://sobest.com.br/wp-content/uploads/2020/10/Estatuto-SOBEST.pdf

Adriana Pellegrini dos Santos Pereira

Profa. Adriana Pelegrini dos Santos Pereira

Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília (1993), Especialização em Estomaterapia pela USP-SP (1996) Mestrado em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem da USP – Ribeirão Preto (2006) e o Doutorado em Ciências da Saúde e Tecnologia na FAMERP em 2012, Professora adjunto do curso de graduação em enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Estomaterapeuta TiSOBEST e membro da SOBEST, Coordenadora geral da Especialização em Enfermagem em Estomaterapia da FAMERP (desde 2010) e coordenadora técnica da pós graduação em enfermagem em Estomaterapia do Centro Universitário São Camilo-São Paulo (desde 2016).

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