Janeiro Branco: Cuidando da Saúde Mental do Cuidador

Janeiro Branco Saúde Mental do Cuidador

Ser cuidador pela própria palavra já determina uma responsabilidade na pessoa. Existem diferentes tipos de cuidadores, o formal, aquele que é contratado, seja por qual processo, e o informal, o que a maioria adota devido condições econômicas, é alguém da família que se dispõe ou é “obrigado” por “não ter outra pessoa”. 

Tratando-se de cuidados em final de vida, representam uma maior sobrecarga sobre os cuidadores, embora cuidar seja um processo dinâmico, no qual interagem fatores facilitadores, protetores e outros dificultadores.

Cuidar de outra pessoa, seja um parente, amigo ou paciente, é um ato de imenso altruísmo, dedicação e responsabilidade. Além de que pode ser emocionalmente exaustivo e fisicamente desgastante. O estresse constante, a falta de tempo para si mesmo e a sensação de responsabilidade interminável podem levar ao esgotamento físico e da saúde mental. Reconhecer esses desafios é o primeiro passo para mitigá-los.

O esgotamento do cuidador, ou burnout, é uma condição de saúde mental comum que afeta muitos indivíduos que assumem essa responsabilidade. Os sinais mais comuns são a fadiga crônica, ansiedade e/ou depressão, irritabilidade e mudanças de humor, dificuldade de concentração, problemas de sono, dentre outros.

O estímulo em adotar práticas de autocuidado, buscar apoio e utilizar os recursos disponíveis, fazem com que os cuidadores possam manter sua saúde mental estável e continuar a oferecer o melhor cuidado possível a pessoa. Lembrá-lo, que não está sozinho nessa jornada, existem muitos meios de apoio, a atuação do enfermeiro por meio de estratégias de educação em saúde aos cuidadores leigos, atores fundamentais no processo saúde/ doença. Estar em uma rede de apoio sólida como amigos, familiares e grupos de suporte. Muitas unidades de saúde em São Paulo possuem esse tipo de apoio. 

A atual participação do cuidador no cenário brasileiro é praticamente nula, tendo em vista a pouca relevância que as Políticas Públicas têm demonstrado a eles. Em países estrangeiros o cuidador é objeto de atenção e pesquisa. No Brasil, algumas sociedades cientificas de classe buscam estratégias para incluí-los na assistência de saúde, mas estamos apenas no começo, precisamos nos conscientizar da importância e necessidade urgente visto o crescimento do idoso na nossa população.

Referências Bibliográficas

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Soraia Rizzo

Soraia Rizzo

Enfermeira Estomaterapeuta TiSobest
Mestranda na UNIFESP
Implantou o PROGRAMA PROIBIDO FERIDAS Na Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Diretora Técnica na Skin Healthy, empresa de atendimento domiciliar especializado em Estomaterapia
1ª Tesoureira da SOBEST – Gestão 2024 – 2026
Membro Comitê Relaciones Públicas e Eleitoral na COMLHEI
Membro efetivo COMLHEI & WCET

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