Janeiro Roxo: Hanseníase tem Cura

Hanseníase e o Janeiro Roxo

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, popularmente conhecida como Lepra, é uma doença crônica causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae ou bacilo de Hansen. Afeta principalmente a pele, nervos periféricos, mucosas e olhos. Sendo uma das principais características da doença as manchas na pele, que podem variar de tamanho, forma ou cor. A Hanseníase no Brasil ainda é considerada um problema de saúde pública, visto ser uma das doenças mais antigas da humanidade e o Brasil ocupar o segundo país no mundo com mais casos notificados, em 2021 fora 18.318 casos.

A hanseníase é transmitida por contato direto e prolongado com uma pessoa infectada que não está em tratamento, geralmente através das gotículas respiratórias. O Bacilo pode penetrar no organismo através da pele e mucosas. E a doença apresenta um período longo de incubação de 3 a 8 anos, o que leva ao diagnóstico tardio.

A manchas na pele são uns dos primeiros sintomas da doença. Elas podem ser claras ou escuras, redondas ou irregulares, e geralmente são insensíveis ao toque. Outros sintomas incluem: perda de sensibilidade em áreas afetadas, fraqueza muscular, dor ou queimação nos nervos, problemas visuais, perda de cabelo. Existem dois tipos principais de hanseníase, a Tuberculóide que é caracterizada por poucas manchas, geralmente claras ou rosadas, com perda de sensibilidade, e a Lepromatosa que resenta muitas manchas, nodos e lesões na pele, além de envolvimento de nervos e órgãos.

O tratamento da hanseníase é feito com poliquimioterápicos, como rifampicina, clofazimina e dapsone, entre outros. A duração do tratamento varia de 6 meses a 2 anos, e é realizado gratuitamente pelo SUS. É fundamental buscar atendimento de um profissional de saúde (enfermeiro, médico) para diagnóstico e iniciar o tratamento, a fim de evitar as complicações tardias como a neuropatia periférica.

O Enfermeiro estomaterapeuta é um dos profissionais que possui conhecimento técnico e científico para abordar os pacientes, orientando sobre a prevenção e o tratamento das lesões que podem aparecer provenientes da neuropatia periférica. Procure um enfermeiro na sua Unidade básica de Saúde, e ou um enfermeiro estomaterapeuta. Atualmente a Sobest (Associação Brasileira de Estomaterapia) possui uma rede de busca no site para que você possa encontrar um estomaterapeuta mais perto da sua cidade.

Informação é o melhor remédio contra a Hanseníase.

Referências Bibliográficas

– São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde. Programa Municipal de Controle de Hanseníase. Protocolo das ações de controle de hanseníase em São Paulo. São Paulo, Sp: Coordenadoria de Vigilância em saúde. 2022, 108p.
– Brasil, Ministério de Saúde. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DA HANSENÍASE. Brasília, DF: Ministério de Saúde. 2022, 156p.
– OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE). Estratégia Global para a Hanseníase 2021-2030: Rumo a zero hanseníase. Nova Deli: OMS, 2021
– Brasil, Ministério de Saúde. Boletim epidemiológico de Hanseníase 2023. Brasília, DF: Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde. 2023, 56p.
– Cofen, Hanseníase: Enfermagem tem papel fundamental no tratamento e acolhimento. Publicado em 29.01.2024. Disponível em: < https://www.cofen.gov.br/hanseniase-enfermagem-tem-papel-fundamental-no-tratamento-e-acolhimento/>. Acesso em: 30.12.2024.

Suelyn Caponi

Suelyn Caponi

Enfermeira Especialista em Estomaterapia formada pela UNITAU Taubaté
Enfermeira desde 2013 pela faculdade Anhanguera em São Paulo
Enfermeira Intensivista pela Universidade Cruzeiro do Sul
Estomaterapeuta em um Polo de Curativo no Município de São Paulo

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