Vamos falar sobre a Hanseníase?

Vamos falar sobre a Hanseníase?

O Ministério da Saúde oficializou o mês Janeiro Roxo para ações de alerta e conscientização sobre a hanseníase.

A Organização Mundial da Saúde classifica a hanseníase como uma doença negligenciada, que acomete com mais frequência populações desprivilegiada, vulneráveis socioeconômica, com condições de habitação e alimentação precárias. Há milênios o estigma e a descriminação tem desempenhado um papel importante na hanseníase.

No mundo, antes da pandemia em 2019 foram notificados 202.185 casos novos da doença, sendo 27.864 no Brasil.

Embora se tenha conquistado avanços nas últimas décadas, o Brasil ocupa a segunda posição em maior número de casos novos do mundo. O contágio acontece através de uma pessoa doente e não tratada, a principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de hanseníase, e a mais provável porta de entrada no organismo são as vias aéreas.

A hanseníase manifesta-se através de sinais e sintomas dermatológicos, lesões de pele que apresentam diminuição ou ausência da sensibilidade e sinais e sintomas neurológicos.

O diagnóstico é clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame físico dermatoneurológico, buscando identificar sinais clínicos da doença, lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, e/ou motoras.

O tratamento da pessoa com hanseníase é fundamental para curá-lo, fechar a fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença, sendo, portanto, estratégico no controle da hanseníase que ainda constitui relevante problema de saúde pública no Brasil. Todo o tratamento é realizado no âmbito do Sistema Único de Saúde, em regime ambulatorial. A hanseníase tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências.

Capacitar profissionais de saúde para um, ampliar o diagnóstico e informar a população, contribuem de forma significativa para quebra da cadeia de transmissão.

Jonas Sartori

Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia – SOBENDE Regional São Paulo Enfermeiro da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no Hospital Estadual Especializado em Reabilitação “Dr. Francisco Ribeiro Arantes” – Itu; Pós Graduação em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Pós Graduação em Docência do Ensino Médio, Técnico e Superior pela Faculdade de Pinhais (FAP);
Pós Graduação em Cardiologia e Cuidados Intensivos pelo Centro Universitário Herminio Ometto de Araras (UNIARARAS); Graduação em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC)

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