Entre os dias 02 e 04 de março de 2023 aconteceu o II Simpósio Internacional de Enfermagem nas Disfunções do Assoalho Pélvico (II SIEDAP) na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).
O SIEDAP é o único evento da América Latina destinado a Enfermagem, dedicado a abordar exclusivamente as Disfunções do Assoalho Pélvico (incontinência urinária, retenção urinária, incontinência anal, constipação intestinal, prolapsos de órgão pélvicos e disfunções sexuais).
O evento instituiu o prêmio “Ciência e Inovação” para premiar pesquisas científicas originais, implantações de serviços ou programas e produções de soluções para a área das disfunções do assoalho pélvico. Oito trabalhos foram submetidos a essa categoria, onde após avaliação por comissão científica composta por professores doutores e pesquisadores de renome nacional na área de disfunções do assoalho pélvico, elencou-se os três melhores para concorrer ao prêmio.
Os critérios de análise para o prêmio foram: originalidade, reprodutibilidade, rigor metodológico e qualidade do texto. Logo após avaliação das expertises, um resumo do trabalho em formato de vídeo foi divulgado nas redes sociais para que a comunidade pudesse conhecer as experiências e votar no trabalho de sua preferência.
Assim, o 10 Prêmio Pelve de Ouro na Categoria Inovação e Tecnologia foi conferido a Profa. Estomaterapeuta Manuela de Mendonça Figueirêdo Coelho, docente da Universidade Federal do Ceará que em conjunto com a Profa. Viviane Mamede Vasconcelos Cavalcante e os alunos Liga Acadêmica de Estomaterapia submeteram o trabalho intitulado “IMPLANTAÇÃO DE AMBULATÓRIO PARA ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA”.
O trabalho apresenta a experiência das docentes e ligantes na implantação de serviço de atendimento às pessoas com incontinência urinária como atividade de extensão universitária desenvolvida no Centro de Desenvolvimento Familiar (CEDEFAM).
Essa ação nasceu do desejo de ofertar atendimento a homens e mulheres com incontinência urinária que percorrem o serviço de saúde com essa condição e tem muita dificuldade de encontrar serviços que ofertem tratamento conservador, trazer o assunto para discussão e estudo no meio acadêmico, instigando assim estudantes de enfermagem a olhar para as disfunções do assoalho pélvico e perceber o quanto pode ser feito para reabilitação e promoção da saúde de pessoas com incontinência. Além disso, o ambulatório tornou-se um profícuo campo para o desenvolvimento de pesquisas.
Esta é uma experiência exitosa e que apresenta de forma concreta os pilares acadêmicos (ensino, pesquisa e extensão) na área das disfunções do assoalho pélvico, podendo ser replicado em outros cenários de forma a fortalecer os cuidados de enfermagem na área.
Profa. Estomaterapeuta Manuela de Mendonça Figueirêdo Coelho