A graduação nos cursos da área da saúde envolve conhecimentos técnicos-científicos, desenvolvimento de um pensar crítico e reflexivo, aquisição de habilidades e atitudes específicas do cuidar, mas essencialmente, depende da relação de empatia pelo outro. Não é possível pensar em um processo de educação de enfermagem 100% à distância quando a razão do trabalho é a vida de um ser humano e a relação do cuidar depende da proximidade com o outro. O ensino à distância do profissional de enfermagem nos afasta dos pacientes e da possibilidade de aprendermos que cada ser humano é único e singular em suas necessidades e que só nos tornaremos profissionais competentes na convivência com nossos pacientes e seus familiares.
O saber teórico isolado não contempla as necessidades do ensino-aprendizagem na área da saúde. Temos que saber como fazer e identificar os riscos e necessidades de cada pessoa na prática clínica. Isso também é uma realidade para a especialização de enfermagem em estomaterapia. Para a excelência do cuidar de pessoas com feridas, estomias e incontinências as atividades práticas da aprendizagem são essenciais e insubstituíveis.
Fica aqui uma reflexão: é possível aprender a tocar uma música sem um instrumento? É possível aprender a pintar uma tela sem tintas? É possível aprender enfermagem sem o contato com o paciente? Como enfermeira e como ser humano, eu digo que não. A SOBEST apoia o COFEN/COREN nessa causa. #NãoaoEnsinoaDistancia